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domingo, 17 de abril de 2016

O BANCO COMUNITÁRIO TUPINAMBÁ - BAÍA DO SOL

Nossa História
O BANCO COMUNITÁRIO TUPINAMBÁ
 Em agosto de 2008, lideranças comunitárias da Baía do Sol viajaram até Fortaleza (CE) para conhecer a experiência do Banco Palmas (o primeiro banco comunitário do Brasil), que conseguiu transformar a favela do Conjunto Palmeira, em um bairro popular com grande vigor econômico. No mesmo ano fizemos uma parceria com o Banco Palmas para a criação de um banco comunitário na região. 

Em janeiro de 2009, a Associação Cultural FM Tupinambá criou o Banco Tupinambá na Baía do Sol, um bairro de 7.000 habitantes localizado no Distrito de Mosqueiro, na cidade de Belém (PA) para ser uma rede de solidariedade entre produtores e consumidores. A ideia era implantar programas e projetos de trabalho e geração de renda, utilizando sistemas econômicos solidários na perspectiva de superação da pobreza urbana local.


O Banco Tupinambá é um banco comunitário brasileiro, conhecido formalmente como "Banco Comunitário de Desenvolvimento" (BCD) e nasceu com diretrizes bem definidas: garantir microcrédito para produção e consumo local a juros baixos, sem exigência de consultas cadastrais, comprovação de renda ou fiador; além de manter a riqueza produzida pelo bairro no próprio bairro, por aceitar a compra e a venda com a moeda local, operando sob o princípio da “Economia Solidária”.


Pioneiro na região Norte, o banco foi o trigésimo quarto em um total de cento e quatro bancos comunitários, que possuem estruturas semelhantes em todo o Brasil. Gerido localmente pelo Instituto Tupinambá, a missão é fornecer acesso a serviços bancários para os moradores, que normalmente não teriam a mesma oportunidade com os bancos tradicionais devido à falta de histórico de crédito ou de garantia financeira e/ou mesmo à distância geográfica. Além disso, também visa implementar projetos de trabalho e geração de renda através de sistemas de Economia Solidária focados na superação da pobreza urbana e rural.


 O objetivo é garantir pequenos empréstimos para produção e consumo local, sempre com taxas de juros mínimas. O crédito para consumo na comunidade se dá através de uma moeda social própria, o Moqueio, cujo nome tem origem na técnica que os índios tupinambás utilizavam para conservar o peixe e a caça. Foi da palavra Moqueio que se originou o nome da Ilha de Mosqueiro. Hoje, a moeda social circula em toda comunidade da Baía do Sol, que possui aproximadamente 7 mil habitantes, atingindo cerca de 96% dos empreendedores locais.

PRIMEIRAS AÇÕES

O banco começou com apenas 15 clientes e possuindo como lastro inicial R$ 5.000,00. Atualmente, o banco possui uma carteira de R$ 20.000,00. A moeda social é o Moqueio e está indexada ao Real, ou seja, 1 Moqueio é igual a 1 Real, dessa forma, a quantidade de Moqueio que circula no bairro é exatamente a quantidade de Reais acumulada no banco. No total, 97 empreendimentos (produção, comércio e serviço) locais aceitam a moeda e dão descontos para estimular seu uso. Os empreendimentos cadastrados podem fazer o câmbio no Banco Tupinambá em caso de necessidades de estoques.

CRONOLOGIA
·                     2009: Inauguração do Banco Tupinambá;
·                     2011: Criação do Instituto Banco Tupinambá, com o objetivo de fazer a gestão do 
          conhecimento e difusão das práticas de Economia Solidária do Banco;
·                     2012: Firma parceria com a Caixa Econômica Federal.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Nos últimos três anos (de 2009 a 2012) o Instituto Tupinambá realizou 31.427 operações bancárias e 610 operações de crédito com um volume de empréstimos de R$ 110.000,00. Beneficiou 1.200 famílias, com manutenção de 50 postos de trabalho e geração de outros 120. Realizou cursos, oficinas e palestras para os moradores do bairro e para outros locais, estimulando a rede solidária de economia. 

Hoje os participantes do Banco Tupinambá vivem melhor: tendem a ter um melhor acesso às informações difundidas no bairro, são mais participativos nas atividades da comunidade (como o fórum dos empreendedores) e confiam mais na comunidade, caracterizando a existência de um maior capital social entre seus membros. Até o momento foram realizados 31.655 de transações pelo correspondente bancário e gestão de quase três milhões de reais.

O Instituto Tupinambá auxiliou na criação de outros Bancos Comunitários na região Norte do País a partir do sucesso de seu Banco e integra a Rede Brasileira de Bancos Comunitários, na qual todos os seus membros prestam contas de suas atividades durante o Encontro Nacional da Rede de Bancos Comunitários. Atualmente, existem 104 Bancos Comunitários no Brasil.

PARCEIROS DO PROJETO

• Associação Cultural de Difusão Comunitária Tupinambá;
• Instituto Tupinambá;
• Entidades Governamentais e não Governamentais.




2 comentários:

Unknown disse...

Esses números já estão defasados.

Unknown disse...

Esses números já estão defasados.